O Dakar anunciou oficialmente, nesta quinta-feira (4), que encerrará as competições da categoria quadriciclo a partir de 2025. Em um comunicado, o principal rali off-road do mundo informou que concentrará mais esforços na categoria das motocicletas, buscando ajustes e maior segurança para os pilotos. Em 2024, o piloto espanhol Carles Falcón faleceu após um acidente durante a segunda etapa.
Os quadriciclos se tornaram uma classe oficial no Dakar em 2009, quando o rali foi realizado pela primeira vez na América do Sul. O continente desempenhava um papel crucial na competição, com a maioria dos pilotos participantes, chegando a ter 49 inscritos na edição de 2018.
No entanto, ao longo dos últimos anos, o número de participantes diminuiu, especialmente com a mudança da sede para a Arábia Saudita.
“No Dakar, decidimos interromper a categoria de quadriciclos para 2025 para focarmos mais nas motocicletas. Temos muitas demandas dos competidores e queremos focar. Temos poucos quadriciclos agora, não há montadora para apoiar todos os competidores, e é por isso que vamos parar no momento”, explicou David Casterá, diretor da ASO, ao site Cross-Country Rally News.
Número baixo de participantes em 2024
Na edição de 2024, vencida pelo argentino Manuel Andujar, apenas 10 quadriciclos foram inscritos, resultado de uma combinação de falta de interesse por parte das montadoras e novos critérios de elegibilidade. Estes critérios incluem a participação nos últimos cinco anos do Dakar e em três corridas nas últimas duas temporadas do Campeonato Mundial de Rali-Raid.
Com o encerramento da classe dos quadriciclos, os maiores campeões foram o argentino Marcos Patronelli, conquistando os títulos em 2010, 2013 e 2016, e o chileno Ignacio Casale, vencedor em 2014, 2018 e 2020. Outros vencedores ao longo dos 15 anos de competições incluem Josef Macháček, Alejandro Patronelli, Rafal Sonik, Sergey Karyakin, Nicolás Cavigliasso e Alexandre Giroud.