Muito vem sendo falado nos últimos dias sobre um possível retorno de Mick Schumacher para a Fórmula 1. Os rumores se intensificaram, principalmente após a confirmação da saída de Esteban Ocon da Alpine no final da temporada. Mas será que o alemão realmente voltará? Se depender de um ex-piloto da F1, isso é possível.
O ex-piloto de Fórmula 1, Timo Glock, defendeu Mick Schumacher, argumentando que o alemão merece uma segunda oportunidade na categoria, especialmente com a vaga de Esteban Ocon na Alpine em aberto para o próximo ano.
Glock, atualmente comentarista, foi injustamente considerado por muitos brasileiros como “vilão” ao ser ultrapassado por Lewis Hamilton na volta final do GP Brasil em 2008, ultrapassagem que tirou o título mundial de Felipe Massa. Mas a verdade é que a pista em Interlagos já estava úmida e Glock de pneus para pista seca, nada pode fazer contra o ataque do britânico.
Hoje, o ex-piloto alemão considera a participação de Schumacher no WEC pela Alpine como uma forma de “manter o pé na porta da F1”. Ele enfatiza que Mick precisa manter um bom desempenho no WEC para manter viva a esperança de retornar à principal categoria do automobilismo.
Schumacher correu na Fórmula 1 pela Haas
Filho de Michael Schumacher, Mick estreou na F1 pela Haas em 2021, após conquistar os títulos na F3 e F2. No entanto, depois de duas temporadas desafiadoras com a equipe americana, foi dispensado no final de 2022.
Atualmente como piloto de desenvolvimento e reserva da Mercedes, Schumacher faz parte do programa de endurance da Alpine. Para Glock, que competiu na F1 entre 2004 e 2012, essa experiência é crucial para o futuro do alemão.
Falando antes da confirmação da saída de Ocon da Alpine, Glock destacou o descontentamento dos pilotos titulares da equipe francesa, que está na penúltima colocação no campeonato de construtores.
“Há uma insatisfação entre os dois pilotos”, disse Glock na Sky F1 alemã. “Nenhum deles está satisfeito com a situação atual na Alpine. Por isso, há uma grande oportunidade para Mick. Ele só precisa continuar impressionando com suas performances no WEC e permanecer no radar da equipe. Essa é a única maneira de conseguir um assento no próximo ano. Espero que isso aconteça, ele merece.”
Apesar do carro pouco competitivo da Haas, Schumacher superou confortavelmente seu então companheiro de equipe, Nikita Mazepin, em um ano em que ambos eram estreantes na F1. No entanto, com a melhoria do desempenho da equipe americana em 2022, Mick não conseguiu lutar consistentemente por pontos ao lado do experiente Kevin Magnussen.
Além de enfrentar dificuldades para acompanhar o ritmo de Magnussen, o piloto alemão de 25 anos se envolveu em uma série de acidentes custosos, o que prejudicou sua relação com a Haas e resultou em sua saída no final da temporada 2022. Com a equipe optando por pilotos mais experientes para 2023, Schumacher continua sonhando com a F1.
“Meu objetivo e meu sonho é voltar a competir na Fórmula 1”, disse Schumacher à Sky F1 alemã. “Sempre foi assim e sempre será. Por isso, preciso garantir que as coisas estejam a meu favor e, com sorte, consiga um lugar no grid. O que posso fazer é simplesmente dar o meu melhor no WEC e também na Fórmula 1, continuando a desempenhar um bom papel como piloto reserva e contribuir nas discussões”, finalizou o alemão.