O Mundial de Supersport 300 será substituído como categoria de entrada do Mundial de Superbike a partir de 2026. A decisão foi confirmada pela FIM (Federação Internacional de Motociclismo) nesta quarta-feira (19), seguindo uma recomendação da Comissão de Superbike.
Os detalhes da nova categoria estão em fase de discussão, porém, a entidade reguladora do motociclismo mundial mencionou que as motos serão “mais ágeis, com motores de média capacidade mais potentes”.
“O Mundial de Supersport 300 cumpriu a missão de fornecer uma plataforma sustentável e acessível para talentos emergentes para entrarem no Mundial. Construindo em cima deste sucesso, a introdução de uma nova classe mira aumentar ainda mais a relevância desportiva e comercial da categoria de entrada”, disse a FIM. “Um dos objetivos-chave dessa nova iniciativa é suavizar a progressão dos pilotos que avançam para classes maiores, particularmente para o Mundial de Supersport. Ao reduzir a diferença de desempenho entre as classes de entrada e intermediária, a meta é criar uma transição mais fluída para os pilotos, promovendo o desenvolvimento e o preparo deles para as demandas competitivas das classes maiores”.
A entidade considerou que o período até a introdução da categoria substituta do campeonato criado em 2017 será adequado para que equipes e fabricantes se preparem adequadamente.
Categoria foi palco de desastres
O Mundial de Supersport 300 atraiu atenção pública desde 2021 devido à morte de dois pilotos. Dean Berta Viñales faleceu em setembro daquele ano, aos 15 anos, após um acidente na etapa de Jerez.
Em outubro do ano seguinte, Victor Steeman morreu em Portugal, aos 22 anos. A tragédia foi agravada pela morte de sua mãe, Flora van Limbeek, dois dias depois, devido a uma parada cardíaca.
Maverick Viñales, primo de Dean Berta, criticou abertamente a categoria após a morte de Steeman, responsabilizando a falta de potência das motos pelos acidentes.