Já é de conhecimento geral de que a Fórmula 1 sofrerá uma grande mudança no regulamento a partir da temporada 2026. Por isso, as equipes já se mexem nas fábricas visando as alterações que prometem “chacoalhar” a categoria. Mas se depender da FIA, outra mudança (inesperada) pode acontecer, já para o próximo ano.
A FIA está planejando discutir com as equipes de Fórmula 1 a possibilidade de adotar cores mais distintas nos carros a partir de 2025, para combater a tendência crescente de designs similares.
O aumento do peso dos carros na geração atual levou a uma maior exposição de fibra de carbono nos modelos de 2024, já que as equipes buscam qualquer pequeno ganho em desempenho. Isso resultou em esquemas de design muito semelhantes entre várias equipes, dificultando a distinção dos carros nas transmissões de TV devido à redução na pintura.
Corridas noturnas deixam o “problema” em evidência
Esse problema é ainda mais pronunciado durante corridas noturnas, como a etapa de abertura da temporada no Bahrein, onde a distinção dos carros pelos fãs se torna mais difícil. De acordo com o Autosport, os casos mais proeminentes nesta temporada incluem o AMR24 da Aston Martin, o W15 da Mercedes, o FW46 da Williams e o VCARB01 da Red Bull.
A FIA está pronta para discutir soluções para esse problema na próxima reunião da Comissão de F1. “Como sempre na F1, é um pouco mais complicado do que parece”, disse Nikolas Tombazis, diretor de monopostos da FIA, ao Autosport. “Um problema é que os carros têm um pouco de carbono exposto demais, porque obviamente o peso da pintura importa, então os carros estão um pouco pretos demais.”
Tombazis também mencionou que muitas equipes têm trabalhado para mudar o tipo de pintura, utilizando películas extremamente finas para manter o peso o mais baixo possível. Além disso, algumas equipes adotaram esquemas de cores semelhantes, resultando em carros visualmente muito próximos uns dos outros.
A FIA pretende abordar esse problema por meio de discussões com as equipes, evitando a imposição de uma mudança de regra que poderia ser impopular. “Precisamos encontrar um processo em que as equipes se comuniquem entre si e digam: ‘Bem, se o seu carro é azul aqui, o meu não será azul ali’,” explicou Tombazis.
Ele concluiu que o objetivo não é regulamentar as cores dos carros, mas garantir que eles sejam distinguíveis entre si. “Ainda estamos discutindo como esse processo funcionaria, mas queremos evitar regulamentar cores como FIA. Queremos que os carros sejam facilmente diferenciados uns dos outros,” completou Tombazis.