Você sabia que Michael Schumacher quase deixou a Ferrari para correr por uma equipe rival? Mas felizmente para os italianos, o alemão acertou a renovação de seu contrato com a Ferrari até o final de 2006, quando pretendia encerrar sua carreira nas pistas (o que de fato aconteceu).
O então tricampeão mundial, a equipe e sua principal patrocinadora, a Philip Morris, chegaram a um acordo sobre valores e condições de trabalho e aguardavam apenas a redação do contrato para formalizá-lo. A informação havia sido divulgada no primeiro número da “F-1 Magazine“, revista oficial da categoria, editada pela European Press, uma das empresas de Bernie Ecclestone.
De acordo com a reportagem na época, Schumacher receberia um aumento salarial de 20% em relação ao antigo contrato, passando de US$ 30 milhões para US$ 36 milhões por temporada. Desse montante, aproximadamente dois terços, ou seja, US$ 24 milhões, seriam pagos pela multinacional de cigarros (Marlboro), seguindo a prática adotada desde a chegada do alemão à Ferrari, em 1996.
A Philip Morris é proprietária da marca Marlboro, que esteve presente nos carros italianos por vários anos. O empresário de Schumacher, Willi Weber, também destacou na época que o piloto aumentaria seus rendimentos com merchandising e patrocínios pessoais, o que o colocará na liderança do ranking dos esportistas mais bem pagos do mundo.
Schumacher na McLaren?
O investimento da Philip Morris na renovação do contrato de Schumacher foi justificado pelo receio de uma possível transferência do piloto para a McLaren, equipe que era patrocinada pela West, concorrente da Marlboro.
Contar com Schumacher sempre foi um desejo da Mercedes-Benz, que possuía parte da McLaren. No entanto, com a renovação de seu contrato com a Ferrari até 2006, essa possibilidade foi descartada. Schumacher, de fato aposentou no fim de 2006, mas não sem antes vencer mais quatro títulos mundiais e se tornar heptacampeão da categoria. Após abandonar as pistas, anos depois o alemão acabou voltando para pilotar pela Mercedes.