A história da Fórmula 1 já teve equipes que não estão mais nas pistas, mas garantiram um lugar especial na memória dos fãs. Algumas delas não deixam de existir por completo e seguem de alguma outra forma com o nome de um outro time. Esse é o caso da equipe Tyrrell.
Fundada em 1958 por um dos mais lendários chefes de equipe da história da Fórmula 1, Ken Tyrrell, a equipe Tyrrell estreou inicialmente em categorias menores, antes de ingressar na Fórmula 1 uma década depois.
Sob o comando de Tyrrell, a equipe conquistou três títulos de pilotos com Jackie Stewart, em 1969 (em parceria com a Matra, que então nomeava a equipe), 71 e 73, quando a equipe já era conhecida como Tyrrell.
A saída da equipe da Fórmula 1
Ao longo dos anos, a Tyrrell enfrentou problemas financeiros crescentes, culminando em sua saída melancólica da Fórmula 1. Seu adeus ocorreu de forma desoladora, com Ricardo Rosset falhando em se classificar para o GP do Japão de 1998 e Toranosuke Takagi abandonando após uma colisão com a Minardi de Esteban Tuero.
Entretanto, no ano anterior, a equipe foi adquirida pela British American Tobacco, tornando-se a BAR a partir de 1999. Sob essa nova gestão, a BAR adquiriu as instalações da Reynard (fabricante de chassis) em Brackley, Inglaterra, que ainda são usadas hoje pela Mercedes.
Tyrrell segue “viva” através da Mercedes
A equipe obteve dois quintos lugares, em 2000 e 2003, e viu um aumento significativo nos investimentos da Honda, culminando na aquisição majoritária pelos japoneses em 2004. Nesse ano, Jenson Button conquistou vários pódios, e a equipe ficou em segundo lugar no campeonato.
Em 2006, a equipe mudou de nome para Honda e recebeu um grande investimento da montadora japonesa. No entanto, os resultados não estavam à altura das expectativas, e, com a crise financeira de 2008, a Honda decidiu encerrar sua participação na Fórmula 1.
Ross Brawn, que já fazia parte da equipe, estava ciente de que seus engenheiros haviam encontrado uma solução para contornar as mudanças regulatórias de aerodinâmica planejadas para 2009. Ele comprou os ativos da equipe por um dólar, assegurou que a Honda cobriria os custos para o ano seguinte, e levou a equipe ao título em 2009.
Posteriormente, vendeu suas ações para a Mercedes por 200 milhões de dólares e permaneceu como chefe da equipe até 2013. A partir de 2014, a Mercedes dominou a Fórmula 1, vencendo todos os títulos de construtores até 2021.