Semáforo estreou na Fórmula 1 em um dos dias mais tristes da história do esporte

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Muitos fãs de Fórmula 1 frequentemente discutem sobre grandes pilotos que passaram pela categoria sem conquistar um título mundial. Entre esses nomes, um que sempre se destaca é o do sueco Ronnie Peterson, considerado por muitos como o melhor piloto a nunca vencer o campeonato da categoria máxima do automobilismo.

A ausência de um título mundial em sua carreira é atribuída, em grande parte, à falta de tempo para alcançá-lo. Ronnie foi vítima de um erro fatal durante a estreia de um novo sistema de largada na Fórmula 1.

A história de Ronnie Peterson

Ronnie Peterson, ou Bengt Ronald Peterson, nasceu em Örebro, Suécia, em 14 de fevereiro de 1944, e faleceu tragicamente em 11 de setembro de 1978. Conhecido como o “Sueco Voador”, ele deixou sua marca no automobilismo, especialmente por suas atuações na equipe Lotus, além de passagens por equipes como Tyrrell. Peterson era reconhecido por seu estilo de pilotagem agressivo e incrivelmente veloz, qualidades que o tornaram um dos favoritos entre os fãs.

Em 1978, Peterson vivia o auge de sua carreira. Pilotando os revolucionários modelos Lotus 78 e Lotus 79, os primeiros carros-asa com efeito solo da Fórmula 1, ele desempenhou papel fundamental no domínio da equipe Lotus. Esses carros garantiram à equipe os últimos títulos de pilotos e construtores da sua história, conquistados por Mario Andretti.

Trágico acidente no GP de Monza

O Grande Prêmio da Itália de 1978, realizado em 10 de setembro no Autódromo de Monza, marcou a introdução do “semáforo” como sistema de largada, substituindo a tradicional bandeira do país anfitrião. Infelizmente, um erro do operador Gianni Restelli desencadeou um grave acidente na chicane Goodyear, envolvendo vários carros.

Ronnie Peterson foi uma das vítimas. Sua Lotus 78 colidiu violentamente com o guard-rail, resultando na destruição da parte dianteira do carro, no rompimento dos tanques de combustível e em um incêndio.

Resgatado com ferimentos graves nas pernas, Peterson foi levado a um hospital em Milão. Enquanto isso, a corrida prosseguia, com Mario Andretti cruzando a linha de chegada em primeiro lugar, mas sendo penalizado por queimar a largada. O vencedor oficial foi Niki Lauda, da Brabham.

Apesar dos esforços médicos, Peterson faleceu no dia seguinte, em 11 de setembro, devido a uma embolia provocada pelas múltiplas fraturas. Ele tinha apenas 34 anos, e sua promissora carreira foi interrompida de forma abrupta.

Consequências do acidente

O acidente gerou grande comoção. Ricardo Patrese foi apontado como culpado e suspenso temporariamente do campeonato, mas a principal mudança foi a revisão no procedimento de largada, que passou a incluir uma verificação obrigatória para garantir que todos os carros estivessem devidamente parados antes do início da corrida. A morte de Peterson também consolidou o título mundial de Mario Andretti em 1978, mas deixou um vazio na Fórmula 1.

Ronnie Peterson permanece na memória dos fãs como um piloto extraordinário, cuja carreira foi interrompida no auge, mas cujo legado continua vivo como um dos maiores da história do automobilismo.

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