Leclerc dá com a língua nos dentes e revela o principal problema para Ferrari na reta final de 2024

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A Ferrari busca em 2024 conquistar seu primeiro título de construtores na Fórmula 1 após 16 anos de jejum. No entanto, Charles Leclerc acredita que o Grande Prêmio do Catar representará o maior desafio para a equipe italiana nas três etapas finais da temporada.

O circuito de Losail, que sediará a Fórmula 1 pela terceira vez, apresenta características pouco favoráveis à Ferrari. “Em teoria, o Catar provavelmente será o fim de semana mais difícil para nós dentre os que restam na temporada”, avaliou Leclerc.

Por outro lado, o piloto monegasco demonstra otimismo em relação às corridas em Las Vegas e Abu Dhabi. “Acho que Las Vegas será muito favorável para nós, e Abu Dhabi é uma pista mais neutra”, analisou. Apesar disso, Leclerc reforçou a importância dos detalhes em uma temporada tão competitiva: “Precisamos manter o foco, passo a passo. São os pequenos detalhes que podem fazer uma grande diferença”.

Na classificação de construtores, a Ferrari está próxima da McLaren, mas também enfrenta forte concorrência da Red Bull Racing, atualmente na terceira posição e apenas 13 pontos atrás do time de Maranello. A disputa promete ser acirrada nas etapas finais.

Leclerc pode ter outro problema na F1

Com 21 Grandes Prêmios concluídos e um campeonato de construtores extremamente competitivo, a gestão das Unidades de Potência (UPs) se tornou um fator crucial na disputa pelo título de equipes na Fórmula 1.

No entanto, o cenário é bem diferente no campeonato de pilotos, onde Max Verstappen aproveitou ao máximo sua provável última troca de motor na etapa do Brasil. Para os demais pilotos, o GP de Las Vegas se apresenta como a melhor chance para compensar penalidades no grid, graças à natureza da pista, que favorece a recuperação.

Estratégias de troca no Brasil

Em São Paulo, Verstappen instalou sua sexta unidade de motor da temporada, realizando apenas a substituição do motor de combustão interna (ICE). Nas etapas anteriores, Valtteri Bottas já havia alcançado cinco unidades de potência, enquanto Carlos Sainz precisou trocar toda a UP — incluindo motor, sistema híbrido e transmissão — após seu acidente na classificação, o que o forçou a largar do pit lane.

Situação de Charles Leclerc e Ferrari

A troca de Sainz trouxe maior segurança para a Ferrari no restante da temporada, mas Charles Leclerc está em uma situação delicada, utilizando o mesmo motor desde Zandvoort. Isso aumenta as chances de penalidades para o piloto monegasco. Na McLaren, Lando Norris e Oscar Piastri também requerem atenção, já que suas atuais UPs foram instaladas em Monza.

Mercedes: Confiabilidade em foco

Os motores Mercedes continuam a se destacar pela confiabilidade. Após 20 corridas, Lewis Hamilton, George Russell e Fernando Alonso instalaram apenas a segunda unidade de controle eletrônico e bateria no GP do Brasil. Contudo, Alonso utilizou sua quarta transmissão do ano nas etapas americanas, mesma marca alcançada por Lance Stroll, Esteban Ocon e Liam Lawson. Outros pilotos, como Alex Albon, Franco Colapinto e Kevin Magnussen, chegaram à quinta troca de transmissão, enquanto Sainz realizou sua sexta após o incidente em Interlagos.

Limites técnicos de componentes

Os regulamentos da Fórmula 1 estipulam os seguintes limites de UPs por temporada:

  • ICE (Motor de Combustão Interna): 4 unidades
  • TC (Turbocompressor): 4 unidades
  • MGU-H: 4 unidades
  • MGU-K: 4 unidades
  • ES (Bateria): 2 unidades
  • CE (Eletrônica de Controle): 2 unidades
  • EX (Escapamentos): 8 unidades
  • GB (Caixa de Câmbio): 5 trocas (engrenagens e carcaça).

Panorama geral dos motores

As estratégias de cada equipe refletem suas prioridades e desafios ao longo da temporada. A Mercedes lidera em termos de confiabilidade, enquanto Ferrari e Honda acumulam um número maior de trocas.

Dados gerais por fabricante:

  • Red Bull Powertrains-Honda (4 carros): 20 ICEs, 17 turbos e sistemas híbridos, 10 baterias
  • Ferrari (6 carros): 26 ICEs, 16 baterias
  • Mercedes (8 carros): 33 ICEs, 16 baterias
  • Alpine (2 carros): 10 ICEs, 6 baterias

Com o campeonato chegando ao fim, o gerenciamento eficiente desses componentes será determinante para o desempenho final das equipes e a definição dos campeões.

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