Após manobra de Verstappen nos EUA, pilotos fazem exigência para FIA

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Embora o GP dos Estados Unidos já tenha terminado, as repercussões das disputas no Circuito das Américas ainda ecoam no paddock, especialmente neste fim de semana de GP do México. Os pilotos de Fórmula 1 se reuniram para discutir as razões que levaram a FIA a não penalizar Max Verstappen em sua disputa com Lando Norris pelo terceiro lugar.

Durante a reunião de pilotos na Cidade do México, surgiram questionamentos sobre a aplicação das regras pela FIA e os critérios dos comissários de prova. Faltando apenas quatro voltas para o fim da corrida no Texas, Verstappen e Norris batalharam pela terceira posição.

Os dois acabaram saindo da pista na Curva 12, momento em que o piloto da McLaren ultrapassou a Red Bull e voltou ao traçado à frente. No entanto, Norris recebeu uma penalidade de cinco segundos por ter saído dos limites da pista, enquanto o tricampeão Verstappen ficou sem punição, mesmo tendo “empurrado” Norris para fora.

Pilotos exigem mais clareza da FIA

Segundo as diretrizes da corrida, Verstappen, como defensor, não era obrigado a ceder espaço. Contudo, a McLaren argumenta que Norris estava à frente no momento da curva e, portanto, deveria ter preferência. Embora os comissários pareçam ter seguido as regras, alguns pilotos discordam e buscam maior clareza sobre a interpretação aplicada.

Lewis Hamilton comentou: “Sempre foi uma área cinzenta. Eles provavelmente precisam ajustar algumas coisas, pois ainda temos inconsistências nas decisões, dependendo dos comissários. E, como esporte, precisamos melhorar em todos os aspectos.”

George Russell, diretor da associação de pilotos, se mostrou interessado em entender o posicionamento da FIA sobre o incidente, perguntando se a interpretação favoreceu Verstappen ou se ele aproveitou uma brecha nas diretrizes. Ele reforçou: “É difícil criar regulamentos que cubram todos os cenários. Quero entender se, com base nas regras, Max realmente deveria ter sido penalizado.”

Carlos Sainz, da Ferrari, também levantou dúvidas sobre a agressividade permitida para o carro que defende a posição. Ele destacou a necessidade de uma resposta dos comissários para orientar melhor a forma como os pilotos devem competir: “Isso muda nossa abordagem nas disputas. Se um piloto na defesa pode frear sem ceder, isso altera nossa maneira de correr.”

Tanto Russell quanto Sainz concordaram que mudanças na pista poderiam solucionar a questão. Por exemplo, adicionar uma faixa de cascalho na parte externa da Curva 12 impediria que os pilotos usassem a área de escape para manter ou ganhar posições, como visto em outras pistas, incluindo a Áustria. Sainz destacou que esse tipo de alteração seria uma solução prática em vez de discussões intermináveis sobre regras.

Por fim, é importante lembrar que o Circuito das Américas, que também recebe a MotoGP e possui requisitos específicos, está em negociação com a FIA para eventuais modificações para 2025, o que poderá impactar positivamente as disputas nas próximas edições da Fórmula 1.

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