Nikita Mazepin confirma informação sobre retorno para Fórmula 1
Após o início da guerra na Ucrânia, que infelizmente ainda está em andamento, o ex-piloto de Fórmula 1 Nikita Mazepin foi incluído na lista de sanções da União Europeia devido à sua relação com o oligarca russo Dmitry Mazepin, proprietário do grupo minerador Uralkali e aliado do presidente russo Vladimir Putin.
No entanto, após uma longa batalha judicial no Tribunal de Justiça da União Europeia, as sanções contra o ex-piloto da Haas (que competiu na F1 em 2021 ao lado de Mick Schumacher) foram revogadas, com o tribunal considerando fracos os fundamentos da decisão inicial.
Piloto confirma que não pensa em voltar para Fórmula 1
Vitória judicial, mas F1 será apenas uma lembrança para o russo. Mesmo o sucesso na justiça, não foi suficiente para que ele cogitasse um retorno à Fórmula 1, confirmando as expectativas, o russo revelou que não vai retornar para principal categoria do automobilismo.
O piloto, de 25 anos, confirmou essa postura em seu perfil no Instagram, onde detalhou suas motivações em uma longa publicação: “Quero me dirigir a todos os amigos e fãs que me enviaram suas felicitações, agora que não estou mais oficialmente na lista de sanções na Europa”, escreveu ele. “Foram mais de dois longos anos, e finalmente os tribunais decidiram a meu favor. Estou, obviamente, nas nuvens. No entanto, também me pergunto: de que adiantou tudo isso? Ser sancionado em um momento crucial da minha carreira foi um grande erro do tribunal europeu.”
“O tempo coloca tudo em perspectiva, e eu tive bastante tempo para refletir sobre o meu passado e o meu futuro. Acho que posso dizer que o primeiro ato da minha vida foi marcado pela busca de ser o melhor no automobilismo. O amor pela velocidade. A emoção da competição. Progredi no kart, depois na F3 e F2, e persegui o sonho de alcançar a Fórmula 1. Parte desse sonho se concretizou; pude aproveitar e amar aquele mundo. Honestamente. A temporada foi difícil, e eu enfrentei muitas críticas públicas, mas vivia com a esperança de que, no ano seguinte, estaria no grid com um carro novo e mais experiência. Mas, como todos sabemos, essa temporada não aconteceu. Sabemos bem o porquê.”
“Esse foi o fim abrupto do meu primeiro ato. Foi doloroso ver todos na Fórmula 1 seguirem em frente sem mim. Vencer na Justiça é ótimo, mas a verdade é que não posso recuperar esses anos, que são fundamentais na vida e no desenvolvimento de qualquer atleta profissional. Agora, aos veneráveis 25 anos, percebo que é hora de olhar para frente e não para trás. Chegou a hora de escrever o próximo ato da minha vida, com sonhos não de velocidade e troféus, mas de aplicar minha mente e encontrar meu propósito. Quero agradecer a todos que me apoiaram ao longo da minha carreira de piloto, e também àqueles que não o fizeram. Tudo isso me fortaleceu. Mesmo que eu não volte à Fórmula 1, estou ansioso para compartilhar meus próximos passos.”