Vídeo no carro de Piastri “entrega” um dos segredos no carro da McLaren

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A polêmica em torno dos spoilers flexíveis na Fórmula 1 parece ter alcançado um novo patamar. Durante a emocionante disputa pela vitória entre Oscar Piastri e Charles Leclerc na segunda metade do GP do Azerbaijão, em Baku, as câmeras da F1TV focaram por um longo período na traseira da McLaren do piloto australiano, evidenciando que não é apenas a asa dianteira do MCL38 que se deforma em altas velocidades.

Os vídeos que apareceram rapidamente viralizaram nas redes sociais, com alguns usuários marcando a conta oficial da Ferrari, enviando a equipe de Maranello para apresentar um recurso com a sua rival.

Mas o que aconteceu exatamente? Nos vídeos de bordo da McLaren de Piastri, é possível observar como o flap — a parte superior da asa traseira, que geralmente se abre quando o DRS é ativado — se deforma de maneira bastante visível na longa reta de Baku.

À medida que a velocidade aumenta, a distância entre o flap e o plano principal (a parte inferior da asa) parece crescer, o que fica claro ao observar o espaço vazio que surge entre os dois perfis. Esse movimento também ocorre na Ferrari de Leclerc, embora de forma bem menos evidente.

Qual o ganho por volta?

O benefício desse tipo de movimento é difícil de quantificar em termos de ganho por volta, mas é claro que uma aba que se deforma em linha reta reduz o arrasto, permitindo alcançar velocidades máximas mais altas.

No entanto, é importante lembrar que as asas dianteiras e traseiras estão sempre sujeitas às verificações técnicas dos comissários da FIA, que até o momento não encontraram irregularidades nas duas McLarens nem em nenhum outro carro do grid.

No entanto, desde Spa, foi iniciado um estudo com especificações para monitorar os movimentos dos perfis aerodinâmicos dianteiros e traseiros em alta velocidade, o que pode levar a FIA a intensificar os controles a partir de 2025.

Embora seja verdade que todas as equipes sempre passaram nas verificações estáticas da FIA — realizadas com os motores desligados e aplicando forças — é inegável que a equipe de Woking (e, em parte, a Mercedes) se destacou na inovação e no desenvolvimento de materiais altamente resistentes, mas que ainda se deformam em altas velocidades.

Não por acaso, nos últimos dias, o chefe da Red Bull, Christian Horner, comentou em coletiva de imprensa que as asas flexíveis são “um desses setores em que, se a FIA não intervier alterando as regras (e, portanto, tornando os controles mais rigorosos), todas as outras equipes começarão a trabalhar.

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