Famoso nome do automobilismo dá a receita para Indy chegar ao “nível” Fórmula 1

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Pergunte a Pato O’Ward, piloto da Arrow McLaren, como ele vê a série de monopostos da IndyCar, e ele dirá que a categoria americana oferece algumas das melhores corridas no automobilismo. O problema, porém, é a falta de público. Então, como aumentar a visibilidade da IndyCar? Em uma entrevista recente, O’Ward apresentou várias ideias que acredita poderem ajudar a série a avançar.

Durante sua participação no programa semanal de automobilismo “The Elizabeth + Ash Show”, apresentado pelo streamer Ash Vandelay e pela jornalista Elizabeth Blackstock, Pato O’Ward enfatizou que o principal objetivo da IndyCar deve ser expandir sua base de fãs internacionalmente.

“Quase todo mundo gostaria de ver a série crescer no cenário internacional”, comentou O’Ward sobre seus colegas pilotos.

O piloto mexicano observou que a IndyCar tem sido resistente a essa expansão, afirmando: “A desculpa é sempre que nossos patrocinadores não se preocupam com mercados internacionais. Mas, então, por que todo mundo quer ir para a Fórmula 1? Essa desculpa não é aceitável.”

O’Ward também destacou a diversidade de talentos na IndyCar, mencionando pilotos como Alex Palou da Espanha e Will Power da Austrália, além da NTT, patrocinadora principal da IndyCar, que tem sede no Japão. Ele argumentou que há um valor significativo em explorar esses mercados internacionais ainda não totalmente aproveitados.

Receita para o crescimento da Indy

Ele ressaltou que, embora a IndyCar seja um esporte emocionante, seu foco regional limita seu potencial de crescimento.

“[A IndyCar] não pode ser comparada à Fórmula 1, porque eles vão para o mundo todo. Eles têm algumas corridas nos EUA, mas não têm 17 corridas nos EUA.

“Eu garanto que se tivéssemos uma em cada continente, seria mais fácil atingir [o crescimento], porque nem tudo está concentrado em um país.”

O’Ward reiterou sua proposta para o que poderia ser considerado um campeonato “Américas”, sugerindo que a IndyCar se expandisse por toda a América do Norte e do Sul. Ele acredita que essa expansão permitiria à série alcançar públicos entusiásticos que atualmente não são atendidos pela Fórmula 1.

Ele também apontou que há muitos locais latino-americanos, como Argentina e Uruguai, que a F1 ignora, mas que a IndyCar poderia facilmente explorar, pois já possuem bases de fãs entusiásticos.

Um calendário internacional focado nas Américas não é a única forma de a IndyCar se destacar da Fórmula 1. O’Ward também sugere que a categoria enfatize uma de suas características distintas: a “crueza”.

Embora a IndyCar tenha recentemente adotado motores híbridos para atrair mais fabricantes, O’Ward não concorda com essa mudança.

“[Os motores híbridos] não têm um som tão impressionante”, admitiu O’Ward, “especialmente se você comparar com o som dos motores de décadas atrás, que faziam você pensar: ‘Uau, o que foi isso?’

“O barulho por si só era suficiente para transformar alguém que não sabia nada sobre corridas em um fã, simplesmente por causa da experiência sensacional de ouvi-los e vê-los.

“Por que não desafiar a Fórmula 1 e adotar um carro de corrida mais cru, barulhento e emocionante, algo que praticamente não existe mais?”

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