A Mercedes afirmou que ainda precisa de mais tempo para resolver completamente os problemas de temperatura dos pneus que estão impactando seu desempenho na Fórmula 1. A equipe observou que seu carro W15 tem um desempenho muito bom em condições mais frias, mas enfrenta dificuldades quando as temperaturas aumentam, especialmente em comparação com os concorrentes.
A equipe acredita que o problema pode ser devido ao carro estar gerando mais calor nos pneus traseiros. Esse aquecimento ajuda a colocar os pneus na faixa ideal de operação em temperaturas baixas, mas pode causar problemas quando as condições são mais quentes, levando os pneus a superaquecerem em dias ensolarados.
Problema difícil de ter solução
A Mercedes reconhece que resolver o problema de temperatura dos pneus não será simples e pode exigir várias etapas de desenvolvimento até que a equipe alcance um nível satisfatório. Andrew Shovlin, diretor de engenharia da Trackside, comentou: “Em circuitos como Silverstone, tivemos uma traseira muito estável. No entanto, na Áustria e em Budapeste, a estabilidade foi um problema.”
“Isso se deve ao fato de que estamos gerando mais calor nos pneus do que os concorrentes.”
“Estamos cientes de que precisamos trabalhar nessa área. Temos planos para abordar o problema, mas não é algo que possa ser resolvido com uma única atualização aerodinâmica. Será necessário implementar vários desenvolvimentos para encontrar uma solução.”
Uma teoria que surgiu sobre as temperaturas dos pneus é que isso poderia ser uma consequência da falta geral de downforce, o que causa mais deslizamento em comparação com outros carros. No entanto, Shovlin não acredita que isso esteja influenciando as características do W15.
“Se analisarmos Silverstone, a quantidade de downforce do nosso carro não deve ser muito diferente da dos McLaren ou Red Bull. Caso contrário, não teríamos conseguido abrir vantagem de forma consistente no primeiro stint,” explicou. “Portanto, não acreditamos que essa seja a causa principal do problema.”