A Fórmula 1 está considerando o retorno ao continente africano, que não recebe uma corrida desde o GP da África do Sul em 1993. Atualmente, as negociações estão focadas em Ruanda, com uma reunião marcada entre os executivos da Fórmula 1 e representantes do país para o final de setembro. Embora vários países africanos tenham manifestado interesse em sediar a categoria, os planos de Ruanda estão mais avançados.
Em uma entrevista exclusiva ao Motorsport.com, o CEO da F1, Stefano Domenicali, destacou a seriedade do projeto de Ruanda e sua potencial viabilidade para o retorno da Fórmula 1 ao continente africano.
Com uma população estimada em 13 milhões de pessoas, Ruanda já está se preparando para sediar outros eventos automobilísticos, como a Assembleia Geral Anual da FIA e a Cerimônia de Entrega de Prêmios, que ocorrerão em sua capital, Kigali, em dezembro. Além disso, representantes do Conselho de Desenvolvimento de Ruanda viajaram para o GP de Mônaco deste ano para se encontrar com a FIA e discutir possíveis colaborações.
Tailândia também quer um lugar no calendário
Além de Ruanda e outros países africanos, outro possível aditivo ao calendário nos próximos anos é o Grande Prêmio da Tailândia. Stefano Domenicali revelou que planeja viajar ao país após o GP de Cingapura, em 22 de setembro, para avaliar os últimos avanços do projeto, que inicialmente estava previsto como uma corrida de rua em Bangkok.
Sediar uma corrida não é nada barato
Se Ruanda e Tailândia de fato querem uma vaga na Fórmula 1, vão precisar abrir a carteira. R$ 103 milhões é o valor que Mônaco paga anualmente para sediar uma corrida da Fórmula 1. Embora o valor possa parecer elevado, é o mais baixo entre todos os eventos do circuito. Algumas etapas, como Azerbaijão, Arábia Saudita e Qatar, desembolsam mais de US$ 50 milhões (R$ 258 milhões) por ano para figurar no calendário da categoria. Ou seja, fazer parte do calendário custa caro.