Durante um final de semana de Grande Prêmio de Fórmula 1, cada piloto recebe 20 jogos de pneus: 13 para pista seca, quatro intermediários e três para pista molhada. Isso totaliza 160 pneus disponíveis por equipe por etapa. Com 22 corridas na temporada, mais de 35 mil pneus são utilizados ao longo do ano. Mas o que acontece com todos esses pneus após cada evento?
Durante a cobertura do último GP do Brasil de F1, o site Autoesporte conversou com Scott, um representante da Pirelli, fornecedora oficial de pneus da categoria, para descobrir o destino dos pneus após cada evento.
Para começar, se você pensava que os pneus da F1 poderiam ser doados ou vendidos para que alguém os usasse como enfeite ou lembrança em casa, é melhor saber que isso não é possível. Na verdade, essa ideia está totalmente errada. Nem mesmo Lewis Hamilton ou Max Verstappen, dois dos maiores pilotos do atual grid, podem ter o item em casa.
O que acontece depois das corridas?
Depois de cada corrida, os pneus são recolhidos e transportados para o centro de engenharia e logística da Pirelli em Didcot, na Inglaterra. Segundo Scott, eles são enviados por navio e o trajeto leva cerca de três meses. Isso ocorre porque é nesse local que todos os compostos dos pneus são reciclados.
Antes de serem triturados e aquecidos junto com outros pneus de carros convencionais, os pneus da Fórmula 1 passam por testes específicos. Em seguida, são queimados a temperaturas extremamente altas, que atingem cerca de 1.400°C. Esse processo é escolhido para minimizar a liberação de partículas nocivas ao meio ambiente. Além disso, o resultado do processo é convertido em combustível.
E se um dos pneus for esquecido em algum país? “Isso nunca acontece”, respondeu Scott à pergunta do site. De acordo com o funcionário da Pirelli, todas as informações sobre cada composto estão registradas em um código de barras.