Chefão da McLaren surpreendeu com comparação entre Fórmula 1 e Indy

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O CEO da McLaren, Zak Brown, criticou a mentalidade da IndyCar em comparação com a Fórmula 1, afirmando que há uma ênfase excessiva na quantidade em vez da qualidade. “Precisamos avançar mais em direção à qualidade [em vez da quantidade]”, disse Brown em uma entrevista exclusiva ao site Motorsport.com.

O executivo americano destacou que a IndyCar tem atualmente 27 participantes e que o número aumentará para 29 em 2025 com a entrada da Prema como nova equipe.

“Temos a tendência de olhar para a quantidade de carros, mas acho que temos carros demais. Não acho que precisamos de 27 carros. Na minha opinião, deveríamos ter 20, 22 ou 24 carros excelentes. Acho que estamos olhando demais para a quantidade e precisamos encontrar um equilíbrio melhor entre qualidade e quantidade”.

Incidentes marcam a temporada

As críticas de Brown ao grande número de competidores na IndyCar surgem após várias corridas marcadas por incidentes e interrupções. No circuito de rua de Detroit, por exemplo, houve numerosos acidentes que resultaram em apenas 47 voltas completas e 53 voltas com bandeira amarela.

A qualidade das corridas não parece ter melhorado imediatamente com a introdução do sistema híbrido no meio da temporada. Em Toronto, houve vários incidentes, incluindo uma bandeira vermelha nos estágios finais após uma colisão em cadeia na Curva 1.

Atualmente, Brown está otimista quanto ao sistema híbrido, mas enfatiza a necessidade de melhorar a qualidade das corridas do ponto de vista dos pilotos. “Há muitas áreas para melhorar na forma como corremos”, disse o chefe da McLaren. “Veja Detroit e Laguna Seca, foram corridas mal executadas. Sei que isso ocorreu antes da era híbrida, mas foram corridas ruins porque continuamos reiniciando.”

Brown aponta solução

Uma solução para reduzir o número de incidentes, segundo Brown, é evidente: penalidades mais severas. Atualmente, a IndyCar utiliza principalmente devoluções de posição, penalidades de drive-through e stop/go.

“Precisamos aplicar penalidades mais rigorosas quando os pilotos cometem erros”, argumenta o chefe da McLaren. “Se a penalidade por um erro é apenas devolver a posição, isso não é realmente uma penalidade. Isso apenas incentiva comportamentos extremos e, às vezes, ultrapassagens irresponsáveis.”

Brown sugere que uma penalidade de tempo de 10 segundos, similar ao método da Fórmula 1, seria mais eficaz. “Assim, os pilotos agiriam de maneira mais cautelosa, pois a penalidade teria um impacto real. Atualmente, eles pensam: ‘Tenho uma oportunidade livre; posso fazer algo arriscado e, se não funcionar, apenas devolver a posição’. Isso não é uma penalidade.”

Em resumo, Brown acredita que há muito a melhorar. “Estamos focados na quantidade de ultrapassagens, mas deveríamos avaliar a qualidade delas. A Fórmula 1 demonstrou que isso é popular. Lá, você tem muitas corridas de alta qualidade e poucas ultrapassagens, ao contrário do que vimos em Laguna e Detroit, que foram um verdadeiro festival de colisões. Houve talvez 5.000 ultrapassagens, mas foi um espetáculo lamentável”, completou o CEO da McLaren.

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