Em recente entrevista, a estrela da Fórmula 1, Lewis Hamilton, fez uma declaração surpreendente sobre seus planos de permanecer no esporte. O britânico, com um histórico impressionante na competição, mostrou seu interesse e comprometimento em trazer de volta a África do Sul para o calendário oficial da FIA – Federação Internacional de Automobilismo. O retorno do continente africano ao campeonato seria um marco, visto que a última vez que um Grande Prêmio foi realizado na área foi em 1993, no famoso Autódromo de Kyalami.
O desejo de Hamilton em ver novamente corridas neste continente é mais do que apenas uma meta pessoal, ele demonstra um ambicioso sonho para o progresso do esporte. Seu discurso tanto emociona pela sua paixão autêntica pelo automobilismo na África do Sul, quanto pela prova clara de seu comprometimento com a causa.
Por quê a África do Sul não retornou ao calendário da Fórmula 1?
Essa é uma pergunta complexa, que envolve diversas questões, entre elas, a financeira e a política. No passado recente, as negociações para trazer a África do Sul de volta ao circuito esbarraram principalmente em questões orçamentárias. Tornar o circuito de Kyalami apto a receber novamente o campeonato necessitaria de um investimento de aproximadamente $15 milhões de dólares – o equivalente a cerca de R$ 73,3 milhões -, valor este que gerou disputas sobre quem deveria ser o responsável por custeá-lo.
A política também influencia no automobilismo?
Sim, principalmente se analisarmos especificamente o caso da África do Sul. O país tem se alinhado politicamente com a Rússia, que vive uma situação de conflito após a invasão da Ucrânia. Esse alinhamento tem causado um desconforto dentro da estrutura operacional da Fórmula 1, que procura manter distância de questões políticas.
E esse é só o começo, outro elemento que vem esquentando esse cenário é a recente acusação dos Estados Unidos de que a África do Sul tem fornecido armamentos para a Rússia. Essa situação complicada apenas faz com que o retorno da Fórmula 1 para o país se torne ainda mais difícil.
Apesar de todas essas adversidades, Lewis Hamilton continua firme em sua jornada para trazer o Grande Prêmio de volta à África do Sul. Demonstrando um amor genuíno pelo País e pelo automobilismo, a estrela afirma: “Estou trabalhando nos bastidores para colocar a África do Sul na corrida. Isso é um sonho meu. Tenho que ficar até que eles tenham uma corrida”.
Enquanto isso, os fãs de Fórmula 1 aguardam ansiosos pelo retorno das corridas. Os primeiros testes coletivos da pré-temporada estão previstos para 21 a 23 de fevereiro de 2024, no Bahrein.
