Criador da lendária equipe de Fórmula 1: Quem era Bruce Mclaren?

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Iniciando a jornada no mundo automobilístico ainda muito jovens, a paixão pela mecânica é algo que ferveu no sangue de Bruce McLaren desde que seus olhos perceberam a existência de carros. Oriundo de Auckland, na Nova Zelândia, Bruce passou a juventude enfrentando a Síndrome de Legg-Calvé-Perthes, uma patologia que afeta o quadril e resultou numa perna esquerda mais curta que a direita. Ainda assim, nesse período, o garato aprendeu os meandros da mecânica dentro da garagem de seus pais.

A primeira empreitada de Bruce atrás do volante se deu em provas de subida de montanha, as quais alimentaram sua paixão pelo automobilismo e o levaram a ganhar destaque em corridas de Fórmula 2, pilotando carros que ele mesmo modificava. Porém, foi quando decidiu ir correr na Europa, onde encontrou abrigo na equipe Cooper, que sua carreira realmente decolou.

A ascensão de Bruce McLaren na Fórmula 1

Sua estreia no grande circo da Fórmula 1 se deu em 1958 no temido circuito de Nürburgring, pilotando um carro de F2, uma centelha de seu brilhantismo retardado, já que, mesmo em desvantagem, conseguiu encerrar a prova em quinto lugar. No mesmo ano, contratado definitivamente pela Cooper, Bruce conseguiu duas colocações de quinto e uma de terceiro nas suas três primeiras corridas.

A fome por vitória de Bruce, no entanto, só foi saciada bem no fim de 1959, quando triunfou em Sebring, nos Estados Unidos, tornando-se, com 22 anos e 104 dias, o mais jovem vencedor da história da categoria até então. Em 1960, conquistou o primeiro lugar na corrida de abertura da temporada, na Argentina, e terminou a temporada como vice-campeão.

O legado de Bruce McLaren

Anos de dificuldade se seguiram na Fórmula 1 para Bruce. Em 1963 fez algo ousado: fundou sua própria equipe, a Bruce McLaren Motor Racing Ltd. Esse movimento veio em resposta ao desejo de Bruce em competir na Australasia Tasman Series com motores de 2,5 litros, enquanto a Cooper insistia em usar motores de especificação de Fórmula 1 de 1,5 litro. Decidido a competir com o motor desejado, Bruce criou sua própria equipe com carros Cooper que ele mesmo modificou.

O ápice da trajetória de Bruce McLaren veio em 1968, com a equipe McLaren conquistando o vice-campeonato mundial de Construtores, graças a uma vitória pessoal de Bruce e duas do companheiro de equipe Denny Hulme. Infelizmente, entretanto, esse auge foi temporário. Em 1970, aos 32 anos, Bruce McLaren morreu em um trágico acidente durante um teste no circuito de Goodwood, na Inglaterra.

Apesar da dor da perda, o legado de Bruce não se desvaneceu. A equipe McLaren, sob nova direção, continuou vitoriosa, conquistando inúmeros títulos. Hoje, a mais de cinquenta anos após sua morte, o nome de Bruce McLaren ainda é sinônimo de sucesso no automobilismo.

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