Após uma audiência realizada no dia 7 de junho, em Paris, a Corte Internacional de Apelações da FIA decidiu rejeitar o pedido de revisão da Porsche sobre a desclassificação de António Félix da Costa no eP de Misano 1 da Fórmula E, onde o português havia cruzado a linha de chegada em primeiro lugar.
Após ouvir a argumentação da equipe alemã, a entidade optou por manter a punição devido ao uso de uma mola irregular no amortecedor do acelerador.A mola em questão, utilizada nos carros Gen2, não deveria fazer parte dos Gen3, introduzidos no ano passado.
No entanto, devido às dificuldades de fornecimento da Spark no início de 2023, a homologação dos monopostos permitiu o uso dessa peça. Com a normalização do fornecimento em 2024, essa permissão foi removida do regulamento.
Esse corte, entretanto, não foi comunicado diretamente às equipes, apenas removido das regras técnicas da categoria. Esse foi precisamente o argumento da Porsche, que ainda utilizava a mola proibida no amortecedor do acelerador de Da Costa. Embora o uso do artefato não proporcionasse ganho de desempenho, a direção de prova decidiu desclassificá-lo, privando-o de sua primeira vitória em 2024.
Corte se manifestou sobre desclassificação
Além de manter a punição, a Corte Internacional de Apelações da FIA afirmou que a desclassificação foi proporcional ao erro, conforme o Artigo 2.1 do Regulamento Esportivo, que estipula: “Os competidores precisam garantir que seus carros estejam em conformidade com as condições de elegibilidade e segurança ao longo da competição”.
O julgamento também citou o Artigo 9.15.1, que define o competidor — neste caso, Da Costa — como “responsável por todos os atos ou omissões de qualquer pessoa que participe ou forneça um serviço relacionado à competição, ao campeonato ou a si próprio”. Isso justifica a escolha de punir o piloto, e não a equipe.
A decisão, que mantém a classificação atual do campeonato, é a segunda negativa da Corte Internacional de Apelações em relação à Porsche em menos de um ano. Após o eP de Londres do ano passado, quando Da Costa também foi punido por uma questão envolvendo a perda de pressão nos pneus, a equipe alemã recorreu, mas novamente perdeu.